A ocorrência da litíase urinária (cálculo renal) vem aumentando ao longo dos anos, com custos cada vez mais elevados para o sistema de saúde. A prevalência estimada durante a vida é de 1% a 15% e varia conforme gênero, idade, raça e localização geográfica. A recorrência também é elevada, sendo que 50% dos indivíduos acometidos recorrerão em cinco anos.
Inicialmente uma doença mais prevalente em homens, a litíase urinária passou a acometer um maior número de mulheres. O pico de idade da ocorrência de litíase se situa entre a quarta e sexta década, sendo mais comum em caucasianos. A distribuição geográfica acompanha locais de clima seco e quente, sendo a temperatura e a luz solar fatores independentes de risco, assim como ocupações laborais com exposição ao calor intenso ou privação de água. Obesidade é um importante fator de risco, assim como diabetes e síndrome metabólica também aumentam o risco de litíase urinária.
Cálculos renais ou pedras nos rins são formações endurecidas que se formam nos rins ou nas vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina. Podem ser classificados de acordo com a sua localização no sistema urinário e por sua composição:
Vários são os fatores associados a formação do cálculo, tais como:
Algumas doenças adquiridas também favorecem a formação de cálculos, como:
Pacientes com grandes cálculos podem não sentir nada, enquanto pequenos cálculos podem provocar muita dor. Geralmente ocorrem após a migração do cálculo renal para o ureter causando o bloqueio da passagem da urina:
A suspeita do diagnóstico vem com a história e o exame físico. O melhor exame para diagnóstico é a tomografia de abdômen total, sem contraste. Em casos de crianças, gestantes e para o seguimento de pacientes com cálculos é possível fazer o ultrassom.
O tratamento pode ser clínico, com controle da dor, com o uso de medicamentos que auxiliam na eliminação espontânea do cálculo. Alguns casos necessitarão de abordagem urológica.
A escolha do método cirúrgico a ser empregado é baseada na posição e no tamanho do cálculo e deve ser individualizada e discutida com o médico assistente.
Nossa equipe é especialista em realizar cirurgias endoscópicas minimamente invasivas, através de aparelhos de última geração e laser.
Ureterorrenolitotripsia flexível a laser
É um procedimento endoscópico, onde uma câmera, fina e flexível é introduzida através da uretra, passa pela bexiga e alcança o rim. Quando o cálculo é localizado, ele é quebrado com laser e os fragmentos resultantes extraídos com pinças especiais.
Geralmente o paciente recebe alta no mesmo dia com orientações sobre o pós-operatório.
Nefrolitotripsia percutânea
É realizada através incisão de 1 cm na pele da região dorsal, por onde é introduzido um aparelho (nefroscópio) diretamente no rim, para localizar o cálculo, fragmentá-lo com laser ou litotridor ultrassônico e retirar os fragmentos com pinças.
Essa técnica deve ser considera quando o cálculo é muito grande (maior que 2 cm).
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