O câncer de próstata é o mais comum em homens, depois do câncer de pele não-melanoma, e silencioso em grande parte dos casos. Por outro lado, ao ser diagnosticado precocemente por meio dos exames preventivos, esse tipo de câncer possui altas chances de cura com tratamentos cada vez menos invasivos.
De acordo com estatísticas americanas, um em cada oito homens desenvolverá câncer de próstata no decorrer da vida. Ele é responsável por cerca de 10% de todas as mortes provocadas por câncer em pacientes do sexo masculino no Brasil, ficando atrás apenas do tumor de pulmão.
O câncer de próstata se desenvolve quando células da próstata se multiplicam anormalmente e formam um tumor. A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino, responsável por produzir parte do sêmen. Ela está localizada abaixo da bexiga, próxima ao reto, com tamanho parecido ao de uma noz.
Histórico familiar: uma pessoa com parente de primeiro grau que já teve o câncer, possui pelo menos duas vezes mais chances de desenvolvê-lo também.
Idade: a incidência e a mortalidade do câncer são maiores após os 50 anos de idade. Cerca de 60% dos casos da doença acontecem em pessoas com mais de 65 anos.
Raça: homens com ascendência africana tem mais chance de desenvolver o câncer de próstata.
É realizado para diagnosticar o câncer antes que o paciente apresente qualquer sintoma da doença. E é realizado através do exame de toque retal e da dosagem no sangue do antígeno prostático específico (PSA).
A recomendação atual da Sociedade Brasileira de Urologia é de iniciar o rastreamento do câncer de próstata em todos os homens a partir dos 50 anos. E homens com histórico familiar de câncer de próstata ou negros devem iniciar o rastreamento a partir dos 45 anos devido um maior risco.
Para confirmar o câncer de próstata é preciso fazer uma biópsia. Nesse exame são retirados fragmentos muito pequenos da próstata para serem analisados no laboratório. A biópsia é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal.
Esse tipo de tumor se desenvolve lentamente. A maior parte das pessoas não manifesta sinais e sintomas do câncer de próstata até que ele esteja em fase avançada, porém, em casos mais avançados é possível notar:
• Aumento da frequência urinária;
• Sangue na urina ou ejaculado;
• Jato urinário fraco ou entrecortado
• Dor ao urinar;
• Disfunção erétil e dor para ejacular
• Dor nos ossos, como os do quadril, coxa, costas, entre outros (doença avançada).
Cirurgia: a prostatectomia radical é indicada para retirar tumores que se localizam dentro da glândula da próstata, oferecendo mais chances de cura. A abordagem pode ser minimamente invasiva, por meio da cirurgia robótica, que garante mais precisão ao médico e recuperação mais rápida ao paciente. As vantagens da cirurgia robótica para o tratamento do câncer de próstata incluem:
• perda de sangue reduzida;
• menor risco de infecção;
• incisões menores, com menos dor no local do corte, recuperação mais curta e cicatrizes pequenas;
• menos dor no pós-operatório;
• alta hospitalar precoce e retorno mais rápido as atividades laborais;
• melhor visualização do feixe neurovascular, o que pode melhorar a preservação da função urinária e sexual masculina.
Radioterapia: é um tratamento realizado com radiação ionizante que ajuda a destruir ou impedir o crescimento das células tumorais. A moderna radioterapia permite resultados similares à cirurgia. O paciente realiza esse procedimento acordado, sem necessitar de anestesia. São necessárias sessões diárias com pequenas doses diretamente no local de foco do câncer por um período de 25 à 30 dias seguidos.
Os principais efeitos colaterais são: sangramento na urina (cistite actínica), sangramento nas fezes (retite actínica), urgência miccional, incontinência urinária e risco neoplasia secundária a radiação.
Vigilância Ativa: é uma modalidade de tratamento do câncer de próstata que propõe a observação vigilante, situação em que pacientes com tumores de baixo risco de progressão, denominados tumores indolentes, não são tratados radicalmente no início, mas acompanhados ativamente. São submetidos a constantes avaliações do PSA, e toque retal (trimestrais), e a biópsias prostáticas regulares (a cada 12 a 18 meses). Se houver alteração no toque ou na biópsia, os pacientes são encaminhados para tratamento radical, mantendo-se as taxas de controle de doença similares às dos tratados de início.
Hormonioterapia: o bloqueio hormonal consiste na privação de andrógenos com o objetivo de reduzir o nível dos hormônios masculinos no corpo.
Geralmente utilizada em casos mais avançados. Pode ser realizada através de medicamentos ou cirurgia (retirada dos testículos\orquiectomia).
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