Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

A próstata é uma glândula sexual acessória que tem como uma das suas principais funções proporcionar um meio de transporte líquido que seja adequado para os espermatozóides. Está localizada ao redor da uretra, logo abaixo da bexiga.

O aumento do volume da próstata é chamado de hiperplasia prostática benigna (HPB) e pode provocar obstrução da uretra (canal por onde sai a urina) ocasionando dificuldade para urinar.

A incidência da HPB está relacionada com a idade, sendo o tumor benigno mais comuns nos homens. Há um aumento progressivo da prevalência com o avançar da idade, principalmente após os 40 anos, acometendo quase 90% dos homens na oitava década de vida. Vale lembrar que a HPB não é um tipo de câncer e não aumenta as chances de desenvolvimento de tumores.

Sintomas

• Diminuição do jato urinário;
• Jato urinário fraco ou entrecortado;
• Esforço miccional;
• Dificuldade de iniciar a micção;
• Acordar à noite para urinar;
• Sensação de que não esvaziou completamente a bexiga após urinar;
• Gotejamento de urina após terminar a micção;
• Necessidade de urinar várias vezes ao dia;
• Dor ao ejacular ou durante a micção;
• Sangue na urina;
• Retenção urinária (incapacidade de urinar);
• Formação de cálculos na bexiga;
• Insuficiência renal.

Diagnóstico

Além da história clínica, para adequado diagnóstico de HPB deve-se incluir o exame físico (toque retal) e exames complementares, tais como a dosagem sérica do antígeno prostático específico (PSA), exame de urina e Ultrassom da próstata.

Tratamento

O tratamento da HPB é sedimentado em três pilares: comportamental, medicamentoso e cirúrgico.

Terapia comportamental

Pode-se propor a terapia comportamental àqueles pacientes com sintomas leves, sem fatores de progressão da HPB. Tais medidas incluem mudança do estilo de vida, tratamento de comorbidades, como diabetes e síndrome metabólica, as quais parecem trazer repercussões relevantes à HPB, dar preferência a fármacos com menos efeitos urinários, redução do consumo de derivados de cafeína e álcool, tratamento de constipação e treinamento vesical.

Tratamento medicamentoso

 Existem dois grandes grupos de medicamentos que podem ser utilizados:

  • Alfabloqueadores adrenérgicos: os α-bloqueadores adrenérgicos (doxazosina, tansulosina) atuam inibindo a contração da musculatura lisa prostática reduzindo assim o tônus prostático e a resistência do trato urinário inferior, melhorando o fluxo urinário. Os principais eventos adversos são hipotensão\tontura, mais pronunciada com o uso de doxazosina e ejaculação retrógrada.
  • Inibidores da 5-alfarredutase (5AR): dois exemplos desta classe são a finasterida e a dutasterida, não sendo observada diferença de eficácia entre as medicações. Os inibidores da 5AR diminuem o tamanho do órgão em cerca de 30% e redução dos níveis de PSA em até 50% após uso da medicação por 6-12 meses. Os principais eventos adversos desta classe de medicação são diminuição da libido e da ejaculação e, menos frequentemente, ginecomastia.
Tratamento cirúrgico

As indicações clássicas do tratamento cirúrgico da hpb são retenção urinária recorrente ou refratária, incontinência (perda de urina) por transbordamento, infecções urinárias de repetição, cálculos ou divertículos vesicais, hematúria macroscópica refratária ao tratamento clínico ou dilatação do trato urinário superior (com ou sem insuficiência renal).

Principais técnicas:

  • Ressecção endoscópica da próstata (Rtu): um aparelho com câmera é colocado através da uretra até a próstata (sem cortes na pele), onde o tecido interno da próstata é removido (faz-se um túnel no tecido da próstata para a urina passar pelo canal). Pode ser realizada por meio de um laser ou bisturi bipolar. Esse procedimento em nada afeta a potência sexual, libido ou orgasmo. A única alteração em termos sexuais que pode acontecer é a “ejaculação seca”, ou seja, no momento da ejaculação, o esperma não sai pelo pênis pois ele vai para dentro da bexiga e é eliminado na próxima micção.

ANTES DA RTU PRÓSTATA

APÓS RTU PRÓSTATA

  • Enucleação próstática à laser (HoLEP): técnica minimamente invasiva e sem corte que remove a parte central da próstata através do holmium laser. Nesta modalidade consegue-se, acessando a uretra, remover toda a região central da próstata que comprime a uretra levando a dificuldade para urinar. Esta técnica difere das demais cirurgias para HPB pela possibilidade de se retirar maior quantidade de tecido obstrutivo sendo indicada para pacientes com próstatas grandes.
  • Prostatectomia simples robótica: tem indicação quando a próstata é muito volumosa, impedindo que o tratamento seja feito pelo canal da uretra. A abordagem é minimamente invasiva, por meio da cirurgia robótica, que garante mais precisão ao médico e recuperação mais rápida ao paciente. É realizada através de pequenas incisões na pele do abdômen para introdução das pinças que são conectadas aos braços do robô que por sua vez é controlado pelo cirurgião
  • Tecnologia Rezum: Uma das abordagens inovadoras para tratar a HPB é o Rezum. Este método minimamente invasivo oferece uma alternativa eficaz às opções mais tradicionais, como medicamentos ou cirurgia invasiva. Clique aqui para saber mais detalhes.

Está precisando de uma avaliação?

Marque uma consulta!

Vídeos

Confira alguns vídeos de Hiperplasia prostática benigna (HPB) em nosso YouTube:

Em qual local de atendimento deseja agendar?

Informe seu nome e contato e prossiga para verificar os locais de atendimento e os contatos disponíveis.

Em qual local de atendimento deseja falar no Telefone?

Instituto Nova Campinas
Hospital Novo Atibaia
Instituto de Urologia Limeira